Atuações do Flamengo: Gérson bota o jogo no bolso, e meias ditam o ritmo em vitória fácil sobre o Sport

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Diego Alves - Ficou em campo somente 60 minutos na primeira partida em 2021. voltou a sentir lesão muscular e deu lugar a Hugo. Com um Sport tão frágil, não foi muito exigido, mas acabou vacilando em lances de saída de bola - 5.5

1 de 3 Diego Alves ficou em campo somente 60 minutos na primeira partida em 2021 — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press Diego Alves ficou em campo somente 60 minutos na primeira partida em 2021 — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Isla - Sofreu com a correria dos homens de frente do Sport. Fez bem o corredor, subiu menos do que de costume e passou a se aventurar menos no segundo tempo. Aos poucos, encontrou o timing dos botes e ganhou dois de quatro duelos no chão - 6.0

Willian Arão - Mais à vontade como zagueiro, teve grande atuação na Ilha do Retiro. Importantíssimo na saída de bola, como já era desde os tempos de Jesus, já tem maior noção de tempo e espaço, consegue antecipações e se firma na posição. A precisão nos passes é importantíssima para que o jogo do Flamengo ande - 6.5

Gustavo Henrique - Melhora lentamente, mas melhora jogo a jogo. Simplifica a maioria das jogadas e tenta passar segurança aos companheiros. Ainda comete erros bobos em passes no campo de defesa. Mas passa despercebido na maior parte do tempo, o que é importante para um defensor - 6.0

Filipe Luís - Seguro no combate direto, decisivo em jogadas de perigo como o passe errado de Diego Alves em lance dentro da área. Se não foi tão visto no ataque, foi praticamente perfeito na defesa. Bela exibição - 6.5

Diego - A cada jogo que passa, é mais útil sem a bola. Deu segurança como primeiro volante, fez cinco desarmes e ajudou no chamado perde e recupera rápido no campo de ataque. Boa partida em Recife - 6.5

2 de 3 Arão, Diego e Filipe Luís foram muito importantes para o equilíbrio da equipe — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press Arão, Diego e Filipe Luís foram muito importantes para o equilíbrio da equipe — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Gérson - Responsável direto pela atuação avassaladora da equipe no primeiro tempo. Com mais liberdade para avançar, ajudou na marcação alta, na busca por espaços com passes rápidos e verticais, e ainda foi determinante para o primeiro gol com um passe de cinema para Arrascaeta - 7.5

Everton Ribeiro - A tão criticada má fase parece mesmo ter ficado para trás. Foi ainda melhor do que na vitória sobre o Grêmio. Aberto pelos lados, flutuou bastante, tentou jogadas individuais e foi participativo até o fim. Recuperou a confiança - 7.0

Arrascaeta - Atuação digna dos melhores momentos pelo Flamengo. Participou da maioria dos lances de ataque com a simplicidade e eficiência já conhecidas. Assistência para o gol de Gabriel e outra série de passes que abriram espaços na defesa do Sport - 7.0

3 de 3 Sport x Flamengo - Série A — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press Sport x Flamengo - Série A — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press

Bruno Henrique - É nítido como se sente muito mais à vontade e confiante com a liberdade para se movimentar no ataque, se aproximar de Gabriel e entrar mais na área. Deixou sua marca em chute forte de direita, mas deveria ser mais fatal na série de chances criadas, principalmente no primeiro tempo - 5.5

Gabriel - A intensidade característica e que ajuda muito o Flamengo a reencontrar sua identidade de marcação forte e pressão. Oportunismo no primeiro gol, mas depois enumerou uma série de chances perdidas. Foram nove finalizações na partida. Em jogos mais equilibrados, fará falta - 5.5

Entraram

Gol do Flamengo! No contra-ataque, Arrascaeta toca, e Éverton Ribeiro serve Pedro, que chuta cruzado para fazer o terceiro, aos 50 do 2º

Hugo - Apesar de o Sport esboçar uma reação no segundo tempo, o goleiro não foi muito exigido e demonstrou segurança sempre que a bola foi em seu gol. Com os pés, porém, ainda demonstra certa segurança - 6.0

Pepê - Entrou na função que mais treina, como segundo volante, e participou bem do jogo. Em arrancada pela direita, descolou cruzamento na medida para Gabriel, que perdeu na pequena área - 6.0

João Gomes - Entrou no fim e participou pouco - Sem nota

Vitinho - O mesmo que João Gomes. Poucos minutos, uma deixada para Pepê arriscar, mas nada muito efetivo - Sem nota

Flamengo polariza de novo o Brasileiro contra o jogo pragmático. Agora vai?

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André Rocha é jornalista, carioca e colunista do UOL. Trabalhou também para Globoesporte.com, Lance, ESPN Brasil, Esporte Interativo e Editora Grande Área. Coautor dos livros “1981” e “É Tetra”. Acredita que futebol é mais que um jogo, mas o que acontece no campo é o que pauta todo o resto. Contato: anunesrocha@gmail.com

Rogério Ceni acertou em Recife ao manter as ideias que transformaram o segundo tempo em Porto Alegre nos 4 a 2 sobre o Grêmio. O Flamengo repetiu o alto nível nos 3 a 0 sobre o Sport, especialmente no primeiro tempo.

Aumentando a intensidade no perde-pressiona e conseguindo muito volume de jogo com os atletas mais técnicos em campo e muita movimentação. Everton Ribeiro e Arrascaeta partindo dos lados para o centro, Bruno Henrique e Gabigol atacando os espaços às costas dos defensores adversários. No meio, Gerson e Diego alternando mais no apoio que os laterais: Isla segue atacando muito enquanto Filipe Luís ajuda mais na construção desde a defesa. Outra alteração que privilegiou a técnica e melhorou a produção coletiva.

Colunistas do UOL

Só faltou ser mais eficiente nas conclusões. Foram 13 no primeiro tempo, cinco no alvo. Pelo menos três chances claras além dos gols de Gabigol e Bruno Henrique. O camisa nove perdeu duas cristalinas. O Sport sofreu o primeiro gol logo aos três minutos - bela inversão de Gerson e assistência de Arrascaeta para Gabriel - e foi obrigado a sair da proposta de Jair Ventura. Para piorar, havia uma avenida nas costas de Patric, que vem atuando como meia pela direita e voltou à lateral. A cobertura de Iago Maidana nunca chegava a tempo.

Um passeio que não virou goleada e poderia ter complicado o segundo tempo se o time pernambucano não fosse tão frágil quando precisa sair para o jogo. A equipe de Ceni administrou, finalizou mais oito vezes, quatro no alvo. Gabigol perdeu uma chance em cabeçada por cima, com cruzamento de Pepê, que entrou na vaga do lesionado Gerson. Mas Pedro, que substituiu Gabriel, não perdoou no final, aproveitando assistência de Everton Ribeiro e batendo cruzado. 3 a 0, repetindo o placar do turno. Agora com o ataque mais positivo do campeonato, com 60 gols.

Com os três pontos, o Flamengo se afirma na segunda colocação e vai atrás do líder Internacional para buscar o bicampeonato. Assim como em 2016 e 2018, o time carioca deve polarizar a disputa do título contra o jogo pragmático.

Há quatro anos, a semelhança em relação à edição atual é o fato de nunca ter alcançado a liderança. Mas um período de vitórias e bom futebol criou a onda do “cheirinho de hepta” que foi usado por Cuca no Palmeiras para mobilizar seus jogadores e não dar brechas. Com vitórias no fio da navalha e futebol pobre, o time paulista se impôs inclusive no físico, com o Flamengo de Zé Ricardo perdendo gás e até a segunda colocação para o Santos.

Em 2018, o Brasileiro parou para a Copa do Mundo com o Flamengo líder, mas o trabalho do jovem Mauricio Barbieri não se sustentou. De novo o Palmeiras, então com Luiz Felipe Scolari no comando, mas desta vez com uma arrancada do time misto, já que o clube priorizava o mata-mata. O Flamengo se recuperou com Dorival Júnior, mas não aproveitou a chance de encostar no confronto direto. O empate por 1 a 1 no Rio de Janeiro encaminhou nova conquista alviverde, com o estilo Felipão.

Sempre com o Flamengo buscando aliar desempenho e resultado dentro de uma proposta mais ofensiva. Em 2019 veio o título, com a melhor campanha da era dos pontos corridos. Nem chegou a haver polarização, já que o Palmeiras, com exceção da liderança nas nove primeiras rodadas, nunca se colocou como um candidato real e foi pulverizado no duelo que terminou com 6 a 1 no agregado para o time de Jorge Jesus.

Agora a caça é ao Internacional de Abel Braga. Mais um time que entrega pouco além do resultado. Não tem vergonha de jogar nos contragolpes e com menos posse de bola contra equipes muito inferiores e lutando contra o Z-4. Novamente um treinador experiente capaz de mobilizar todos para lutar jogo a jogo e não dar brechas. Já são nove vitórias seguidas, superando a marca do próprio Flamengo no ano passado.

Quatro pontos separam os dois primeiros colocados na tabela. Na penúltima rodada, o confronto direto no Maracanã que pode definir o campeão. Até lá, jogos complicados para as duas equipes. Difícil imaginar ambas ou uma delas alcançando 100% de aproveitamento. Na próxima rodada, o Colorado vai à Arena da Baixada enfrentar o Athletico e o Flamengo tem clássico saturado de rivalidade com o Vasco. Quem terá mais fôlego?

É claro que o Atlético Mineiro não pode ser descartado, com apenas um ponto atrás do Fla e tendo uma tabela, em tese, menos complicada. Os comandados de Jorge Sampaoli podem aproveitar o “vácuo” e entrar na vaga do atual campeão brasileiro como o time ofensivo a duelar com o Inter. O confronto entre propostas seguiria o mesmo.

Rogério Ceni trabalha para manter seu time vivo na disputa. Enfim conseguindo repetir conceitos de 2019, mas também com ideias próprias. Volta ao Rio de Janeiro com 12 pontos dos 15 disputados e alto rendimento nos melhores momentos para sonhar com o bi. Será que vence o futebol de resultados desta vez? Agora vai?

(Estatísticas: SofaScore)

Flamengo faz jogo intenso, atropela o Sport e segue caça ao Inter no Brasileirão

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O Flamengo visitou o Sport e venceu por 3 a 0, nesta segunda-feira, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols foram marcados por Gabigol, Bruno Henrique e Pedro.

Pressionado pelas vitórias de Internacional e Atlético-MG, o time carioca precisava do triunfo fora de casa para se manter na briga pelo título brasileiro. E facilitou o caminho da vitória logo no início.

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Com um ritmo intenso desde a saída de bola, a equipe de Rogério Ceni abriu o placar logo aos três minutos. Gerson deu um lindo lançamento para Arrascaeta, que, dentro da área, só escorou para Gabigol. O camisa 9 apareceu livre na pequena área e abriu o placar.

O Flamengo seguiu pressionando mesmo com o 1 a 0 no placar e perdeu boas chances. Só Gabigol desperdiçou três diante de Luan Polli.

O segundo gol dos cariocas saiu com Bruno Henrique. O camisa 27 aproveitou a blitz dos cariocas na área do Sport e, de direita, fuzilou as redes de Luan Polli com o chute forte.

Bruno Henrique e Gabigol comemoram um dos gols contra o Sport Alexandre Vidal/Flamengo

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Na segunda etapa, o Flamengo seguiu pressionando e perdendo chances claras. A principal também com Gabigol. Pepê arrancou pela direita, cruzou na medida para o camisa 9, que acabou mandando por cima.

Atuando pela primeira vez no ano, Diego Alves acabou se lesionando em campo. O goleiro mais uma vez sentiu um incômodo muscular e acabou substituído por Hugo.

Aos 24 minutos, o Flamengo armou um contra-ataque, mas Gabigol novamente desperdiçou. O camisa 9 tentou bater colocado, mas chutou fraco nas mãos de Luan Polli.

O Sport tentou ameaçar em chutes de longe, mas Hugo conseguiu segurar firme as chances e evitou um gol do Leão.

Aos 38 minutos, Luan Polli voltou a fazer boa defesa. Desta vez, em chute forte de Pepê da entrada da área.

No último lance, Pedro recebeu de Éverton Ribeiro na direita, bateu cruzado e fechou o placar em 3 a 0.

Com a vitória, o Flamengo chegou a 61 pontos e voltou ao segundo lugar. A diferença para o Inter é de quatro pontos, e os times se enfrentam na penúltima rodada.

Sport 0 x 3 Flamengo

GOLS: Gabigol, Bruno Henrique e Pedro (Flamengo)

SPORT: Luan Polli; Patrick, Iago Maidana, Adryelson e Junior Tavares; Ronaldo (Bruninho), Betinho, Ewerton (Lucas Venuto), Thiago Neves e Marquinhos (Gustavo Oliveira); Dalberto (Hernane). Técnico: Jair Ventura

FLAMENGO: Diego Alves (Hugo); Isla, Arão, Gustavo Henrique e Filipe Luís; Diego (João Gomes), Gerson (Pepê), Éverton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol (Pedro). Técnico: Rogério Ceni

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Gabigol fez o 23º gol em 38 jogos na temporada

Foi o gol de número 66 dele com a camisa rubro-negra

Em jogos de Brasileirão, Gabigol chegou a 35 pelo Flamengo, se tornando o 5º maior da história do clube

Zico (135), Bebeto (41), Renato Abreu (40) e Romário (37) estão à frente do camisa 9

Bruno Henrique anotou o 19º gol em 47 jogos na temporada

Pelo Flamengo, ele chegou a 54 com a camisa rubro-negra

Classificação

Flamengo: 2º lugar, com 61 pontos

Sport: 16º lugar, com 35 pontos

Próximos jogos

As equipes voltam a campo nos próximos dias:

Quinta-feira, 04/02, às 21h* - Flamengo x Vasco - Brasileirão

Sexta-feira, 05/02, às 20h* - Botafogo x Sport - Brasileirão

*horário de Brasília