Carol Solberg, que pediu “Fora, Bolsonaro”, não tem patrocínio do Banco do Brasil

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Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Dedicado à cobertura de esportes olímpicos, escreveu para o UOL, para a revista Istoé 2016, foi colunista da Rádio Estadão e, antes do Olhar Olímpico, manteve o blog Olimpílulas. Neste espaço, olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. No Olhar Olímpico têm destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa. Se você tem críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas, escreva para demetrio.prado@gmail.com

Com um top amarelo com o símbolo do Banco do Brasil, Carol Solberg pegou o microfone e gritou: “Fora, Bolsonaro”, ao vivo pelo SporTV. O vídeo, transmitido ontem (20) cedo, viralizou nas redes sociais. Em perfis que fazem oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), a fala ganhou respaldo. Já em perfis bolsonaristas, o tom foi de clamor pelo fim do patrocínio do banco estatal à jogadora.

Isso não será possível porque não existe qualquer patrocínio do Banco do Brasil à Carol. Ela usava um top com a marca do banco estatal porque, no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, como é usual na modalidade, a parte de cima do uniforme é fornecido pelo organizador (no caso, a Confederação Brasileira de Vôlei) e de uso obrigatório para as duplas. Em Saquarema (RJ), foram distribuídos modelos nas cores amarelo, branco, azul, verde e dourado.

Se o top é padronizado, com os patrocinadores do torneio, o resto da vestimenta pode receber patrocinadores privados. Aí entram a parte de baixo do biquíni, a viseira e as faixas no braço. Carol só exibe um patrocinador pessoal: o isotônico natural e orgânico Jungle. Sua atual parceira, Talita, é sargento no Exército e apoiada pelo Bolsa Atleta. Carol, não.

O Banco do Brasil patrocina a Confederação Brasileira de Vôlei desde 1991, no governo Fernando Collor, e foi renovado por outros seis presidentes: Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer. O contrato mais recente foi firmado em 2016, durante o governo Temer, com reserva de R$ 218 milhões por quatro anos de um acordo que termina ao final deste ano. Existe um temor grande, nos bastidores, que o contrato não seja renovado.

Paralelamente, o Banco do Brasil tem a tradição de patrocinar as duas melhores jogadores de vôlei de praia do país, a partir de critérios do próprio banco. No final de 2018, por exemplo, foram firmados contratos com Alison (R$ 232 mil por nove meses), André Stein (R$ 145 mil por 12 meses), Ágatha (R$ 265 mil por 12 meses), Duda (R$ 150 mil por 12 meses), Evandro, Vitor Felipe, Bárbara Seixas, Fernanda Berti (R$ 224 mil por 12 meses, cada). Atualmente, são patrocinadas, no feminino, as duplas Ágatha/Duda e Ana Patrícia/Rebecca.

Além disso, o Banco do Brasil tem contratos individuais com seus “embaixadores do esporte”, usualmente campeões olímpicos, que recebem um valor mensal para terem suas imagens ligadas ao banco, em troca de participação em alguns eventos. No final de 2018, por exemplo, Emanuel, Virna e Marcelo Negrão firmaram contratos de R$ 181 mil cada — o contrato de Emanuel foi rompido em fevereiro, quando ele foi para o governo. Fofão, Sandra Pires, Gustavo, Fabi e André Heller também eram contratados.

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Porcentagem BBB21: Camilla, Gil ou Juliette? Enquete revela quem deve ser eliminado

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FINAL: Enquete da final: Quem vai ganhar o BBB21? Juliette, Fiuk ou Camilla?

amilla, Gil e Juliette estão no último Paredão do Big Brother Brasil 21. Parcial de enquete realizada pelo POPULAR revela que Camilla deve ser a eliminada, com 77% dos votos. Gil tem 19% e Juliette, 5%.

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Quem deve sair? Camilla, Gil ou Juliette? Vote aqui

Formação do paredão

Com a vitória de Fiuk após dez horas de prova de resistência, os três foram automaticamente para a berlinda. A eliminação será no domingo (2).

Camilla de Lucas foi a primeira a deixar a dinâmica. Ela passou mal no início da madrugada desta sexta (30). Juliette saiu às 5h43, também se sentindo mal. Chorando, ela pediu desculpas à família. “Eu queria dar orgulho a vocês”, disse. As duas precisaram ser amparadas por dummies.

A prova de resistência consistia em ficar pendurado por uma corrente de segurança em um carrossel que ficava girando, com velocidade que variava. Eles enfrentavam também jatos de água, vento e calor.

Além de garantir a presença na final, Fiuk ganhou uma viagem para Nova York, com direito a acompanhante e R$ 24 mil para gastar.

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Élber ganhou a Champions, mas ouviu de Zagallo: “Igual a ele temos 1000 no Brasil”

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Apesar de jogar muito na Alemanha, Élber foi ausência nas duas Copas do Mundo (1998 e 2002) realizadas no auge de sua carreira. Os técnicos não ajudaram.

Com Zagallo, as convocações foram restritas. Ele chegou a marcar “alguns gols”, mas uma lesão no ombro no primeiro semestre de 1998 acabou com o sonho de jogar a Copa da França. Com Felipão, a “Família Scolari” falou mais alto. Não é novidade que o técnico costuma dar preferência aos jogadores que confia e conhece de perto - basta pegar a lista dos convocados para a Copa de 2002.

Não se pode, também, deixar de lado a enorme concorrência no ataque da seleção. Não era fácil ter Romário e Ronaldo, além de Luizão, Evair e Jardel, para citar alguns, como rivais. Élber até teve chances com Felipão e jogou algumas partidas das Eliminatórias. Mas uma contusão em momento chave acabou com suas chances.

Ele chegou a ser lembrado, inclusive, para a reta final das Eliminatórias - quando Ronaldo ainda estava machucado e Felipão se recusava a chamar Romário, então em alta no futebol brasileiro, o técnico procurava centroavantes. Luizão, que voltava de contusão foi o escolhido e acabou como herói da classificação ao marcar duas vezes em um 3 a 0 contra a Venezuela.

“O Felipão ainda me convocou e eu falei: ‘Felipão, estou machucado, o Bayern de Munique disse que não tem que me liberar e a gente tem jogos decisivos na Copa dos Campeões’. Aí ele falou: ‘Olha, nós não conversamos com o clube. Se você não vier defender a seleção, vai perder a chance. O jogador que entrar e for bem vai ficar’. E aí foi a sorte de o Luizão ter participado desses dois últimos jogos das Eliminatórias, até fazendo gols. E acabou indo para a Copa [de 2002]. Eu falo assim: Não fico magoado com ninguém, não era para ser. Talvez se eu tivesse ido para a seleção, ela não tinha sido campeã em 2002. Então o Luizão foi o sortudo da vez”.