Projeção GZH: confira quem são os gaúchos candidatos e favoritos a ganhar medalha em Tóquio

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Do outro lado do mundo Projeção GZH: confira quem são os gaúchos candidatos e favoritos a ganhar medalha em Tóquio Judoca Mayra Aguiar e atletas do futebol e do vôlei masculino integram o topo da lista dos mais cotados a subir no pódio

Pódio olímpico: dez atletas brasileiros com mais chance de trazer medalhas

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Olimpíada de Tóquio: os atletas que vencerem o ouro levarão para a casa a medalha e 250 mil reais Olimpíada de Tóquio: os atletas que vencerem o ouro levarão para a casa a medalha e 250 mil reais

Neymar, César Cielo, Jade Barbosa, Bruno Soares. Esses são alguns dos atletas brasileiros que marcaram presença em Olimpíadas passadas mas que não participarão dos Jogos de Tóquio em 2021. No lugar de figurinhas já carimbadas pelos torcedores, a delegação do Brasil que estará na cerimônia de abertura da próxima sexta-feira é majoritariamente composta por novos talentos, muitos deles ainda pouco conhecidos.

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No total, serão 307 atletas brasileiros competindo em 35 modalidades diferentes, a maior delegação a ir para fora do país desde os jogos de Pequim em 2008, quando o time Brasil levou 277 desportistas para a China.

O acréscimo no número de atletas e a inclusão de novas modalidades olímpicas, como o surfe e o skate, podem ajudar o Brasil a se destacar mais do que em edições anteriores dos jogos.

De acordo com estimativa da Gracenote, empresa de pesquisa subsidiária da Nielsen, o time Brasil deve trazer de Tóquio 20 medalhas: 5 de ouro, 5 de prata e 10 de bronze, ficando na 17º posição mundial.

Na Olimpíada do Rio em 2016, há cinco anos, o Brasil conquistou 19 medalhas e ficou na 13º colocação mundial: foram 7 de ouros, 6 de pratas e 6 de bronzes. Para superar as 20 medalhas, meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nomes estreantes como o do surfista Gabriel Medida e da skatista Pâmela Rosa são a grande aposta.

Em Tóquio, os atletas premiados também serão melhor remunerados. Os que conquistarem a medalha de ouro em modalidades individuais embolsarão 250 mil reais. A prata pagará 150 mil reais e o bronze, 100 mil reais.

Já os times com até seis atletas receberão 500 mil reais pelo ouro, 300 mil reais pela prata e 200 mil reais pelo bronze. Modalidades coletivas, como vôlei e futebol, que possuem mais de 11 jogadores, serão premiadas com 750 mil reais, 450 mil reais e 300 mil reais, respectivamente.

Confira os dez atletas brasileiros mais cotados para trazer medalhas ao Brasil:

Gabriel Medina (surfe)

O bicampeão da WSL, Gabriel Medina. O bicampeão da WSL, Gabriel Medina.

Um dos nomes mais famosos do surfe mundial, Gabriel Medina foi o primeiro brasileiro a conquistar o título de melhor do mundo no World Surf League em 2014. Após quatro anos, em 2018, refez a história conquistando novamente o prêmio. De Maresias, litoral norte de São Paulo, o atleta de 27 anos está desde 2016 no top 3 do ranking do WSL. Em 2019, recebeu o prêmio de Surfista do Ano do Comitê Olímpico Brasileiro.

Ítalo Ferreira (surfe)

Italo Ferreira, campeão mundial em 2019. Italo Ferreira, campeão mundial em 2019.

Italo Ferreira transformava as tampas das caixas de isopor, que abrigavam os peixes capturados pelo pai, em pranchas de surfe. Ainda aos oito anos de idade, o potiguar da pequena Baía Formosa começou a pegar suas primeiras ondas. Aos 12 anos, o jovem conseguiu seu primeiro patrocínio, e aos 21 anos, em 2015, foi eleito o “estreante do ano” ao conquistar a 7ª posição no ranking no campeonato mundial. Após quatro anos, se sagrava campeão mundial no World Surf League.

Pâmela Rosa (skate)

Pamela Rosa do Brasil comemora após vencer as finais durante o Campeonato Mundial WS/SLS 2019 em 2019 no Parque Anhembi em São Paulo. Pamela Rosa do Brasil comemora após vencer as finais durante o Campeonato Mundial WS/SLS 2019 em 2019 no Parque Anhembi em São Paulo.

Com skate nos pés desde os oito anos de idade, hoje aos 21, Pâmela é uma das três integrantes femininas da equipe de Skate brasileira. Em 2019 foi eleita Skatista do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro. A paulista de São José dos Campos também conta com cinco medalhas do X Games na carreira. Com o esporte estreante nos Jogos, Rosa estará competindo ao lado de Leticia Bufoni e Rayssa Leal, a “fadinha”.

Rayssa Leal (skate)

Rayssa Leal treina em Tóquio. Rayssa Leal treina em Tóquio.

A caçula da equipe de skate tem apenas 13 anos mas um currículo de peso: a 3ª e 2ª colocação no mundial em 2021 (Roma) e 2019 (São Paulo) e o 4º lugar nos X Games em 2019. Realizando manobras desde os 6 anos, em 2015 ela viralizou na internet com um vídeo em que realizava manobras com uma fantasia de fada. Rendeu o apelido de “fadinha”.

Isaquias Queiroz (C1 1000m)

Isaquias Queiroz comemora depois de competir durante a Final A 1000m de Canoagem Masculino Masculino nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Isaquias Queiroz comemora depois de competir durante a Final A 1000m de Canoagem Masculino Masculino nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

O início de Isaquias na canoagem foi através de um projeto social em sua cidade, Ubaitaba (BA), aos 11 anos. Aos 22 anos, na Olimpíada do Rio 2016 foi o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos Jogos, com duas medalhas de prata e uma de bronze. Entre os prêmios, Isaquias recebeu a condecoração de Atleta Brasileiro Masculino do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 2015, 2016 e 2018.

Beatriz Ferreira (boxe)

Beatriz Ferreira: a atleta é considerada uma das melhores boxeadoras brasileiras na categoria 60kg. Beatriz Ferreira: a atleta é considerada uma das melhores boxeadoras brasileiras na categoria 60kg.

Bia Ferreira é a atual vencedora do título mundial de boxe feminino (categoria 60kg) e é a grande aposta brasileira nesta categoria para os jogos de Tóquio. Junto a outros seis boxeadores, Bia é a cabeça de chave número 3 do time verde e amarelo. Embora o Brasil tenha um histórico positivo nessa modalidade esportiva, o país só tem uma medalha de ouro pelo boxe: a de Robson Conceição, conquistada em Londres na olimpíada de 2012. Antes de Tóquio, Bia venceu dois torneios na Europa e, atualmente, é considerada uma das melhores boxeadoras brasileiras.

Martine Grael & Kahena Kunze (vela)

Martine Grael & Kahena Kunze: a dupla ganhou medalha de ouro na olimpíada do Rio. Martine Grael & Kahena Kunze: a dupla ganhou medalha de ouro na olimpíada do Rio.

A dupla dinâmica Martine Grael e Kahena Kunze desembarcam em Tóquio buscando o segundo ouro olímpico. O primeiro veio na Olimpíada do Rio, em 2016. Juntas, as atletas e amigas de infância já venceram inúmeros campeonatos mundiais e são as velejadoras brasileiras mais celebradas da atualidade. Martine Grael é filha de Torben Grael, velejador brasileiro que é dono de duas medalhas de bronze (Seul 1988 e Atlanta 1996).

Arthur Zanetti (argolas)

Arthur Zanetti: atleta soma um ouro e uma prata nas duas últimas olimpíadas. Arthur Zanetti: atleta soma um ouro e uma prata nas duas últimas olimpíadas.

Estrela da ginástica artística com argolas, Arthur Zanetti venceu o ouro na olimpíada de Londres de 2012 e foi prata nos jogos do Rio de Janeiro em 2016. Se conquistar mais uma medalha em Tóquio, Zanetti se tornará o único ginasta na história a conquistar 3 medalhas olímpicas seguidas.

Mayra Aguiar (judô)

Mayra Aguiar: a atleta busca seu primeiro ouro em uma olimpíada. Mayra Aguiar: a atleta busca seu primeiro ouro em uma olimpíada.

A Judoca Mayra Aguiar é referência em sua categoria e acumula prêmios desde os 15 anos, quando se tornou faixa preta em judô. Nas Olimpíadas, Mayra conquistou a medalha de bronze no Rio 2016. Neste ano, ela está é considerada a grande aposta brasileira no tatame.

Alison dos Santos (corrida com barreiras)

Alison dos Santos: atleta é recordista mundial dos 400 metros com obstáculos. Alison dos Santos: atleta é recordista mundial dos 400 metros com obstáculos.

Alison dos Santos é campeão e recordista mundial dos 400 metros com barreiras e chega a Tóquio como uma das maiores promessas do time brasileiro de atletismo. Aos 21 anos, Alison já bateu o recorde de velocidade sul-americano cinco vezes.

Aceitação do público

Após um ano de adiamento e sem público nas arquibancadas, a realização dos Jogos também não é bem vista por grande parte da população japonesa. Com 23,3% dos habitantes da ilha totalmente vacinados, a proporção da população que aprova o evento é semelhante, 22%, segundo pesquisa Attitudes To The Tokyo 2020 Summer Olympics, realizada pela Ipsos com 28 países.

No Brasil, a porcentagem da população que apoia os Jogos é maior: 32% do total de entrevistados no Brasil concordam que as Olimpíadas deveriam ocorrer em 2021, mesmo que a pandemia de Covid-19 ainda não tenha terminado. Globalmente, a aprovação é consideravelmente maior, de 43%.

As nações que mais apoiam o início dos Jogos Olímpicos amanhã (23), são a Turquia (71%), a Arábia Saudita (66%) e a Rússia (61%). Por outro lado, além do anfitrião dos Jogos, a Coreia do Sul (14%) e a Argentina (31%) apresentam os menores percentuais de suporte à realização do evento esportivo.

Ainda que um terço dos entrevistados brasileiros apoiem a realização do evento, mais da metade não demonstra interesse em acompanhar os Jogos.

Algumas modalidades esportivas despertam mais interesse do que outras. No Brasil, os esportes preferidos são: futebol, citado por 40% do total de respondentes, voleibol (38%) e ginástica (29%). No mundo, o esporte de maior relevância se mantém o futebol, com 30% de menções. No entanto, em segundo lugar, está o atletismo (27%) e, em terceiro, as modalidades aquáticas, como mergulho, natação, nado sincronizado e polo aquático (22%).

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Olimpíadas 2021: veja os brasileiros favoritos a medalhas

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Depois de ganhar 19 medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, sendo sete de ouro, seis de prata e o restante de bronze, o Brasil disputa a Olimpíada de Tóquio com a meta de melhorar esse resultado. Para isso, confia em bons resultados principalmente no vôlei, judô e vela, como de costume, mas também no skate e no surfe, modalidades que estreiam no programa olímpico.

Abaixo, as principais chances do Brasil:

Imagem: Volleyball Nation League

Seleções de vôlei

Ganhar medalha no vôlei já é uma tradição para o Brasil. A seleção masculina esteve nas últimas quatro finais, vencendo as de 2004 e de 2016 —é a atual campeã, portanto. Na Liga das Nações desse ano, faturou o título, o que a credencia a repetir o ouro em Tóquio. Entre as mulheres, a chance é um pouco menor porque as rivais estão voando. Bicampeão em 2008 e 2012, o Brasil de José Roberto Guimarães chega, porém, credenciado pela prata na Liga das Nações.

Ágatha/Duda, Alison/Álvaro, Bruno/Evandro e Rebecca/Ana Patrícia

Vôlei de praia

Foi-se o tempo que Brasil e Estados Unidos dividiam as medalhas do vôlei de praia. O Brasil continua forte nessa modalidade, mas agora há vários países brigando pelo topo. No feminino, a principal chance é com Ágatha/Duda, dupla que lidera o ranking mundial. Entre os homens, Alison/Álvaro Filho são segundos do ranking. No Rio, Alison foi ouro com Bruno Schmidt (que corre por fora em dupla com Evandro) e Ágatha, prata com Bárbara Seixas. Rebecca e Ana Patrícia também podem surpreender.

Imagem: Jonne Roriz/COB

Beatriz Ferreira

Boxe

Boa parte dessa lista é de atletas que já estiveram na Rio-2016, mas Bia é uma das exceções. Ela é a atual campeã mundial na categoria até 60kg do boxe feminino e vem de vitórias sobre as principais adversárias. Tem boas chances de ganhar o ouro.

Imagem: Pedro Ramos / rededoesporte.gov.br

Alison dos Santos, o Piu

Atletismo

Outra exceção, assim como Bia. Piu tem só 21 anos e surgiu para o atletismo adulto no começo de 2019. Desde então, melhorou seu tempo nos 400m com barreiras sempre que correu competições importantes. Suas marcas atuais já são muito melhores do que as que definiram o ouro em 2016. O problema é que um adversário (o norueguês Karsten Warholm) bateu recentemente o recorde mundial que durava mais de 30 anos. Outro é o terceiro melhor de todos os tempos. Piu deve ir ao pódio, mas a briga por ouro e prata será difícil.

Gabriel Medina e Ítalo Ferreira

Surfe

Entre todos os atletas brasileiros que vão a Tóquio, nenhum está em fase tão boa quanto Gabriel Medina. Das seis primeiras etapas do circuito mundial de surfe, ele venceu duas e chegou a cinco finais. Ítalo também está bem, com uma vitória e uma terceira colocação (superado por Medina) nas últimas duas etapas. Os dois são candidatos a dobradinha de ouro e prata e terão como rivais os americanos, que voltam de lesão e são incógnitas.

Imagem: Laszlo Balogh/Reuters

Ana Marcela Cunha

Maratona Aquática

Ana Marcela foi a brasileira que mais venceu no último ciclo olímpico. Mas, em Tóquio, ela vai atrás da primeira medalha olímpica, depois de um resultado frustrante no Rio e de nem conseguir vaga para Londres. Quinta colocada no Mundial de 2019, a brasileira é bem cotada à medalha, mas tem rivais à altura. Tanto pode ser campeã quanto pode ficar fora do pódio.

Fernando Reis

Levantamento de Peso

O halterofilista está há muito tempo entre os 10 melhores do mundo, mas falta o passo a mais para se tornar um dos três primeiros da categoria pesado. É boa a chance de isso acontecer em Tóquio. Por causa de punições por doping aplicadas a seus países, dois atletas com resultados melhores, da Armênia e de Belarus, não vão ao Japão. Assim, Reis chega a Tóquio para brigar por prata ou bronze. O ouro dificilmente não vai para a Geórgia.

Isaquias Queiroz

Canoagem velocidade

Uma coisa dá para cravar: Isaquias não vai repetir as três medalhas do Rio. Mas é porque uma das provas que ele remava saiu do programa. Em Tóquio, ele vai participar do C1 1.000m, disputa individual na qual é o atual campeão mundial, e do C2 1.000m, em dupla, com Jacky Godmann. Erlon Souza, seu parceiro habitual, tem uma lesão crônica no quadril e não foi convocado. Jacky, da mesma cidade de Isaquias, já remou ao lado dele uma Copa do Mundo, e os brasileiros foram bronze.

Imagem: Divulgação

Pâmela Rosa/Rayssa Leal/Letícia Buffoni

Skate

Só se acontecer uma zebra muito grande o Brasil não vai ganhar uma medalha no skate street feminino. Das cinco melhores do mundo, três são brasileiras. O problema é que no Mundial, disputado recentemente em Roma, as duas primeiras colocações ficaram com o Japão e o Brasil teve de se contentar com o bronze, o quarto e o quinto lugares. No auge da carreira, Pâmela parece ser a mais pronta para terminar na frente. Ela lidera o ranking mundial e venceu o Dew Tour, nos EUA, antes do Mundial.

Martine Grael e Kahena Kunze

Vela

Quem acompanha o Brasil nas Olimpíadas há alguns ciclos sabe que independentemente do que acontecesse poderíamos esperar Robert Scheidt brigando por medalhas. Agora quem está nessa posição é a dupla Martine e Kahena, que foi ouro no Rio. As brasileiras têm resultados consistentes, foram prata no Mundial passado, e dificilmente não vão terminar entre as três primeiras. A briga é pelo ouro.

Arthur Zanetti

Ginástica artística

Campeão em 2012, Zanetti ficou com a prata na etapa de Doha da Copa do Mundo, atrás do grego Eleftherios Petrounias, campeão em 2016. Se tivesse vencido, o brasileiro tiraria o maior rival da Olimpíada. Não aconteceu e agora os dois vão duelar de novo em Tóquio, com favoritismo para o grego. O ginasta do Brasil segue brigando entre os melhores do mundo, mas hoje a prova é mais equilibrada, tanto que Zanetti foi só quinto no último Mundial.

Arthur Nory

Ginástica artística

Medalhista de prata no solo na Rio-2016 e campeão mundial da barra fixa em 2019, Arthur Nory é um ótimo ginasta, que cresce na hora certa. Não é exatamente favorito a medalha, mas estará na briga.

Imagem: Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG

Rebeca Andrade

Ginástica artística

A verdade é que dá até um frio na barriga escrever sobre Rebeca Andrade. Desde 2015, é considerada uma das melhores do mundo, mas não consegue demonstrar isso em competições por causa de lesões frequentes. Já foram três cirurgias no joelho. Em forma, Rebeca briga por medalha (prata ou bronze) no individual geral e por prata no salto —o ouro só não será de Simone Biles se algo muito fora da curva acontecer. Nos outros aparelhos, Rebeca também tem chance, mas correndo um pouco por fora.

Bruno Fratus

Natação

Se o critério fosse apenas os resultados de 2021, Bruno Fratus não entraria nessa lista. Mas a atual temporada está sendo atípica, e ninguém é louco de duvidar dele, que ganhou medalha nos 50m livre nos últimos três Mundiais. O brasileiro tem um rival de peso, Caeleb Dressel, que tende a ser o grande nome da natação em Tóquio, e é favoritíssimo ao ouro. Pelo histórico, Fratus é candidato fortíssimo a prata ou bronze.

Mayra Aguiar, Baby e Maria Suelen Altheman

Judô

O judô brasileiro traz sempre ao menos duas Olimpíadas para o Brasil. Desta vez não deverá ser diferente, mas fortes candidatos ao pódio são apenas três. Mayra Aguiar passou por cirurgia no joelho no segundo semestre do ano passado, só voltou a lutar em junho, e seu desempenho é uma incógnita. Em forma, ela é regular: de 2010 para cá, são seis medalhas em Mundiais e duas em Olimpíadas.

No peso pesado, Baby e Maria Suelen Altheman também estão acostumados a frequentar o pódio. Ele, aliás, ganhou medalha nas últimas duas Olimpíadas e vem de bronze no Mundial. Suelen também foi terceira colocada no último Mundial, enfim vencendo a cubana Ortiz, encerrando aquela que talvez fosse a maior freguesia do esporte mundial. Vai chegar com moral muito alta em Tóquio.

Milena Titoneli

Taekwondo

Provavelmente a menos conhecida dessa lista, Milena vai a Tóquio com a missão de conquistar para o Brasil uma medalha que o grande público não espera. Está bem cotada. Ganhou o Pan, recentemente foi novamente campeã continental, e ganhou bronze no Mundial de 2019. Icaro Miguel, que foi prata naquele Mundial na categoria mais pesada, também chega cotado.

Pedro Barros, Luiz Francisco e Kelvin Hoefler

Skate

Se as meninas são medalha certa, no masculino a briga é mais intensa, mas os brasileiros têm boas chances. No park, Pedro Barros foi campeão mundial em 2018 e Luizinho prata em 2019. No principal teste para a Olimpíada, porém, os dois esconderam o jogo. Andaram de skate igual criança, em um protesto contra a arbitragem, e não foram à final. No street, Kelvin é menos cotado. Vem de resultados ruins, mas não pode ser descartado.

Imagem: Washington Alves/COB

Darlan Romani

Atletismo

Darlan Romani passou o ciclo inteiro cotado a medalha no arremesso de peso. Ele continua entre os candidatos, mas parece mais longe do que antes dos três melhores do mundo —dois americanos e um neozelandês. Os últimos meses foram difíceis para ele, que ficou sem treinador e teve casos de covid na família.

4x100m masculino

Atletismo

Foi campeão do Mundial de Revezamentos de 2019, mas apenas quarto colocado do Mundial daquele ano, bem mais forte. No Mundial de Revezamentos deste ano terminou em segundo, e depois foi desclassificado porque um dos integrantes pisou na linha. Hoje o Brasil parece estar entre as cinco principais forças da prova, mas tudo vai ter de encaixar muito bem para que a medalha venha.

Robert Scheidt

Vela

Pela primeira vez em sete Olimpíadas, Robert Scheidt não é favorito ao pódio. Competindo na classe Laser de novo, ele conta com a experiência para superar atletas muito mais novos. Recentemente, foi prata em um torneio em Portugal que reuniu boa parte dos principais atletas da classe.

Marlon Zanotelli

Hipismo

Rodrigo Pessoa também vai para a sétima Olimpíada, mas o cara do hipismo brasileiro hoje é Marlon Zanotelli. Sétimo do ranking mundial, o cavaleiro baseado na Bélgica vem de bons resultados em provas na Europa e deve brigar pelo pódio no individual. Por equipes, a experiência de Rodrigo Pessoa pode ajudar. Três conjuntos se apresentam, não há mais descarte, e qualquer errinho pode definir o resultado. Se o erro for dos outros, a medalha pode vir para o Brasil.

Henrique Avancini

Ciclismo mountain bike

Henrique Avancini chegou a liderar o ranking mundial do MTB, mas despencou para 10º lugar depois de um 10º e um 23º lugares nas etapas de Copa do Mundo deste ano. No Mundial passado, foi apenas o 10º. Ainda assim, vai a Tóquio como esperança de medalha.

Muitos outros

Se um atleta brasileiro fora desta lista ganhar medalha quer dizer que este colunista não acreditava nele? Não necessariamente. Há vários outros brasileiros que, com maior ou menor chance, podem chegar ao pódio. Listo alguns: Netinho (taekwondo), Nathalie Moellhausen (esgrima), handebol feminino, Hugo Calderano (tênis de mesa), Keno Marley (boxe), Hebert Conceição (boxe), Erica Sena (marcha atlética), Caio Bonfim (marcha atlética), Almir Cunha (salto triplo), Andressa Morais (lançaento do disco), Caio Souza (ginástica artística), Maria Portela (judô), Ketleyn Quadros (judô), Lais Nunes (wrestling), Aline Silva (wrestling), Marcelo Melo/Bruno Soares (tênis), Samuca e Gabriela (Nacra 17), Tatiana Webb (surfe).