Lucas Lima consegue se prejudicar mesmo com Palmeiras em estado de graça

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Danilo Lavieri começou a carreira em 2008 e trabalha com futebol desde 2010. Já cobriu Copa, Olimpíada, escreveu a biografia do goleiro Marcos (Nunca Fui Santo) e ganhou prêmio de furo do ano da Aceesp em 2019.

O jogo de hoje contra o Botafogo vale pouquíssima coisa para o Palmeiras. Campeão da Libertadores no sábado, o time entrou no Allianz Parque com a cabeça no Mundial e com a maior parte da torcida mais preocupada com lesões e desgaste do que com o resultado. E mesmo assim Lucas Lima conseguiu arranhar a sua imagem diante do torcedor.

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Colunistas do UOL

Um jogo como esse que não vale tanto para a classificação do Brasileirão é exatamente o espaço que um jogador pouco utilizado precisa para provar que merece mais oportunidades, especialmente com tantas coisas importantes por vir. Mas o meia não parece nada preocupado com isso.

Dentro de campo, ele mostra pouquíssima disposição na hora de armar, fica ainda mais parado na hora de combater, como aconteceu no gol do time carioca que começou em um erro de saída de bola dele mesmo.

A cobrança e a pressão só existem porque Lucas Lima já mostrou um talento que o colocou como um dos melhores meias do país, com capacidade para jogar na seleção brasileira. Esse histórico deu ao jogador o status do atleta com maior salário no grupo, que ainda tem um aumento fixo por ano e premiação por cada partida disputada.

E dentro de campo o custo-benefício é péssimo para o Alviverde. Depois de Abel Ferreira recuperar alguns atletas importantes como Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Zé Rafael, o obstáculo de recuperar Lucas Lima parece intransponível para o português. E na maior parte pela falta de vontade do próprio meio-campista.

A situação dele é diferente, por exemplo, da de Willian. O Bigode também tinha a chance de mostrar que merece mais oportunidades em campo, não foi tão bem e perdeu gol cara a cara com o goleiro adversário. Mas o erro é técnico, não existe falta de vontade. Todos passam por fases técnicas ruins, mas poucos mostram tanta pouca vontade quanto Lucas Lima.

Barroca destaca desempenho e fala do planejamento do Botafogo: “Dois caminhos paralelos”

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O empate do Botafogo com o Palmeiras em 1 a 1 coloca a equipe ainda mais perto da Série B em 2020. Apesar disso, e dos desfalques que teve na tarde desta terça-feira, Eduardo Barroca considerou que o time que mandou a campo - repleto de jovens - foi bem contra os atuais campeões da Libertadores.

Segundo o treinador, o desempenho demonstrado pelos jogadores em São Paulo merece elogios. Ao mesmo tempo, ele também diz que o clube já está pensando no futuro, seja ele onde o Botafogo estiver.

  • Estamos trabalhando em dois caminhos paralelos. O primeiro deles é da necessidade de ter um resultado imediato. Ainda temos jogos no Campeonato Brasileiro e temos a necessidade de fazer jogos como fizemos hoje, em bom nível, fora de casa contra uma equipe muito forte e que poderíamos ter vencido pelo o que produzimos. Saio satisfeito com o que mostramos em campo hoje, com a nossa dedicação, produção, organização coletiva e desempenho individual também.

1 de 2 Eduardo Barroca gostou do desempenho do time diante do Palmeiras — Foto: Vitor Silva/Botafogo Eduardo Barroca gostou do desempenho do time diante do Palmeiras — Foto: Vitor Silva/Botafogo

  • Ao mesmo tempo a gente também está trabalhando num segundo braço, que é a construção do futuro e que também é importante tirarmos referências do presente. Já estamos trabalhando nisso. A gente está debatendo e discutindo ações, pessoas e procedimentos para que a gente faça um Botafogo forte tanto no presente quanto na construção do futuro.

O Botafogo volta a campo contra o Sport na próxima rodada, sexta-feira, às 20h (de Brasília) pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 24 pontos ocupa a lanterna da Série A e está a 11 do próprio time pernambucano.

Outros tópicos da entrevista coletiva virtual com Eduardo Barroca

Peso do resultado fora de casa com o Palmeiras vindo de título

  • Entendo que fizemos um bom jogo, infelizmente sofremos um gol de bola área, que a gente ainda não tinha sofrido. O Foster era um jogador muito importante, que estava marcando o Emerson Santos individualmente nesse gol que sofremos. Com a troca, o Hugo teve que marcar e, por ser um jogador de uma estatura menor, nesse confronto o Emerson teve mérito. Acho que a gente não se desorganizou, continuamos jogando no nosso padrão, tentando ter o controle do jogo.

  • Conseguimos empatar o jogo, em alguns momentos até tivemos boas oportunidades para virar o jogo, então entendo que a gente produziu muito bem. Como você falou um jogo difícil, contra um adversário campeão da América, e que com certeza esse jogo vai ser um parâmetro pra gente pros próximos jogos.

Avaliação dos garotos da base

  • Entendo que a gente fez uma partida muito boa nas três partes importantes que deveríamos fazer: no lado individual, no lado coletivo e no lado do ânimo. A gente se comunicou melhor, dividiu melhor os lances de disputa, competiu num nível muito bom que sem isso a gente não consegue ganhar do Palmeiras e nem fazer um jogo competitivo. Acho que hoje conseguimos fazer isso de uma forma muito boa, e obviamente agora com menos emoção a gente vai pegar o vídeo do jogo, vai dar uma analisada para reforçar aquilo que foi bom e ajustar aquilo que precisa ser ajustado para os próximos jogos.

O campeão da Libertadores segue devendo bom futebol!

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Palmeiras 1 x 1 Botafogo

Colunistas do UOL

Antes que algum palmeirense apressadinho escreva isso nos comentários, já adianto que não se trata de dor de cotovelo.

É apenas percepção do que realmente está acontecendo em campo.

E, para concluir isso, basta puxar pela memória: quando foi o último grande jogo do Palmeiras?

Eu respondo: foi no longínquo 18 de janeiro, quando dos 4 a 0 diante do coitadinho do Corinthians.

Bom, e antes disso o Palmeiras só tinha apresentado bom futebol no primeiro duelo contra o River.

Ou seja, muito pouco para o atual campeão da Libertadores que agora sonha com a conquista do seu primeiro Mundial, não é mesmo?

Hoje, no empate contra o Botafogo, mais uma atuação apagadíssima do time alviverde.

Sim, a equipe comandada por Abel Ferreira ainda está de ressaca pela épica conquista diante de um rival tão qualificado quanto o Santos.

Mas, hoje, nenhum time da Série A tem o direito de não vencer o fragilíssimo Fogão.

Vejamos o que acontecerá no Mundial…

Mas já adianto que estou sentindo que o time do Tigres jantará carne de porco no próximo domingo.

Concorda?

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