Chamado de ‘macaco’ por Roberto Jefferson, embaixador chinês no Brasil celebra prisão do ex-deputado

img ]

Logo após a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta sexta (13), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, fez uma postagem no Twitter comemorando o ocorrido.

???????????????????????????????????? lindo dia para todos!!! — Yang Wanming (@WanmingYang) August 13, 2021

A resposta de Yang acontece depois que, semanas atrás, Jefferson fez um vídeo segurando armas dizendo que “não se ajoelha ao macaco embaixador chinês, só por cima do meu cadáver”.

A prisão do ex-deputado pela Polícia Federal é proveniente do inquérito da milícia digital, que seria dividida em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político, além da suspeita do uso de verba pública, conforme noticiado.

Além da reclusão, Moraes determinou busca e apreensão de computadores e celulares para aprofundar as investigações “apreendendo-se ou copiando-se os arquivos daqueles julgados úteis para esclarecimento dos fatos sob investigação”, segundo trecho da decisão.

Por último, o ministro determinou o bloqueio das redes sociais do ex-deputado, especificamente o Twitter, que, segundo o ministro, é “necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições, em relação ao perfil @BobJeffRoadKing”, perfil de Roberto Jefferson na rede social.(com agência Sputnik Brasil)

Após prisão de Jefferson, embaixador chinês posta: ‘Lindo dia para todos’

img ]

Nota de esclarecimento A Três Comércio de Publicaçõs Ltda. (EDITORA TRÊS) vem informar aos seus consumidores que não realiza cobranças por telefone e que também não oferece cancelamento do contrato de assinatura de revistas mediante o pagamento de qualquer valor. Tampouco autoriza terceiros a fazê-lo. A Editora Três é vítima e não se responsabiliza por tais mensagens e cobranças, informando aos seus clientes que todas as medidas cabíveis foram tomadas, inclusive criminais, para apuração das responsabilidades.

Embaixador chinês comemora prisão de Jefferson, que já fez ataques sinofóbicos

img ]

Guarulhos

Pouco após o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, ser preso na manhã desta sexta-feira (13), o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, comemorou em uma rede social.

“Lindo dia para todos!!!”, escreveu o diplomata, que representa o país no Brasil desde 2018 e também já atuou na Argentina e no Chile.

Jefferson, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi preso no desdobramento das investigações sobre a atuação de uma quadrilha digital voltada a ataques contra a democracia.

A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na ordem emitida, constam mais de dez crimes, entre eles injúria, calúnia e difamação, incitação e apologia ao crime e denunciação caluniosa.

A manifestação do embaixador chinês responde a ataques já proferidos por Jefferson. Em meados de julho, o ex-deputado protagonizou um vídeo nas redes sociais em que ameaçava Yang Wanming enquanto segurava duas armas.

Na ocasião, após discursar sobre uma suposta ameaça comunista e a importância das Forças Armadas e das polícias, Jefferson emendou: “Os comunistas, como esse chinês, malandro, que está aí hoje na embaixada da China […] Ele tem que ir embora. O presidente tem que mandar ele embora, esse xing-ling de embaixador.”

Registros de ofensas à China têm sido comuns entre bolsonaristas, algo que ganhou novos contornos durante a pandemia, quando o presidente Bolsonaro tentou, repetidas vezes, desqualificar a vacina Coronavac, desenvolvida em um laboratório chinês.

Um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub já teceram ataques sinofóbicos ao país asiático. O STF chegou a abrir um inquérito para investigar Weintraub pelo crime de racismo.

CHINA, TERRA DO MEIO Receba toda sexta-feira um resumo das principais notícias da China no seu email Assine a newsletter aqui

As posturas do presidente e de seus apoiadores são vistas com temor, pela possibilidade de enfraquecerem as relações bilaterais com a China, um dos principais parceiros do Brasil —mesmo com a retórica diplomática agressiva em Brasília, o país se consolidou como principal destino sul-americano de investimentos chineses.

Os ataques chegaram a afetar a liberação de insumos da China para a fabricação de vacinas no Brasil, segundo declarou a direção do Instituto Butantã em maio. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também alegou maiores dificuldades na relação com o país asiático em razão das ofensas de Bolsonaro.

O mal-estar diplomático esteve ainda na lista de motivos para o pedido de demissão do ex-chanceler Ernesto Araújo em março. Desde o início de sua gestão, o diplomata promoveu uma política de antagonismo com Pequim.