É #FAKE cartaz com cronograma de vacinação contra a Covid-19 no estado de SP
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Circula nas redes sociais e aplicativos de mensagem um cartaz apresentado como “cronograma de vacinação do estado de São Paulo”, com datas de imunização para idosos e jovens. É #FAKE.
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De acordo com o suposto cronograma, a vacinação começaria no dia 25 de janeiro para profissionais de saúde e indígenas, e terminaria em julho, com a imunização de crianças e jovens de até 28 anos. Crianças não estão previstas na estratégia de vacinação contra a Covid-19, segundo o Ministério da Saúde. O motivo principal, além de elas não fazerem parte do grupo de risco da doença, é a falta de estudos sobre os imunizantes para essa faixa etária.
“O calendário não é oficial, ao menos no que se refere à campanha de vacinação contra Covid-19 no Estado de São Paulo”, disse o governo do estado em nota. “Tanto é que a campanha começou no dia 17 de janeiro”. A vacinação em São Paulo começou logo após a aprovação da Anvisa do uso emergencial da CoronaVac.
O governo de São Paulo chegou a divulgar datas para a vacinação de grupos prioritários que coincidiam em parte com o calendário compartilhado nas redes sociais. Essas datas faziam parte do Plano Estadual de Imunização.
No entanto, após a compra de todo o estoque da CoronaVac pelo governo federal, o governo de São Paulo terá que seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI). Com isso, as datas anteriormente divulgadas foram suspensas.
Em alerta nas redes sociais no dia 19 de janeiro, o governo estadual informou que o cronograma do Ministério da Saúde ainda não foi divulgado. “Atenção: Devido à inclusão da vacina do Butantan no Programa Nacional de Imunização (PNI), ela seguirá o cronograma do Ministério da Saúde, que ainda vai divulgar as datas e os próximos grupos prioritários”.
⚠ Atenção: Devido à inclusão da vacina do @butantanoficial no Programa Nacional de Imunização (PNI), ela seguirá o cronograma do Ministério da Saúde, que ainda vai divulgar as datas e os próximos grupos prioritários. pic.twitter.com/8LfFe2HWof — January 19, 2021
O PNI, por sua vez, ainda não tem datas definidas, já que o Ministério da Saúde ainda não divulgou o calendário de vacinação. Procurada pelo G1 para saber se há previsão de divulgação, a pasta ainda não respondeu.
A vacinação realizada pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) é feita de acordo com a disponibilidade de vacinas contra a Covid-19 no país. Neste momento, o montante não é o suficiente nem para vacinar os 77 milhões de pessoas dos grupos prioritários.
“A campanha de imunização contra a Covid-19 em São Paulo é desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19 serão divulgadas pelo Estado. A inclusão de novos grupos populacionais será norteada pelo PNI”, informou o governo de São Paulo.
Grupos prioritários
Neste momento, as doses disponíveis da CoronaVac e da vacina de Oxford estão sendo aplicadas apenas nos grupos prioritários. Em São Paulo, quilombolas também foram incluídos nesta etapa.
No plano divulgado no dia 20 de janeiro, o governo detalha apenas como será a primeira etapa de vacinação, no entanto, sem definir datas para o término desta fase:
Serão 2,8 milhões de pessoas que receberão duas doses da CoronaVac (6 milhões de doses disponíveis). Estão neste grupo: trabalhadores da saúde na linha de frente contra a Covid-19; pessoas idosas (mais de 60 anos) residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas); pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência em Residências Inclusivas (institucionalizadas); população indígena vivendo em terras indígenas.
Depois, preferencialmente, de acordo com a disponibilidade da vacina, novos grupos serão incluídos: equipes de vacinação que estiverem envolvidas na etapa das primeiras 6 milhões de doses; trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência); trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados da Covid-19; outros trabalhadores de saúde.
É #FAKE cartaz com cronograma de vacinação contra a Covid-19 no estado de SP
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Vídeo: Veja como identificar se uma mensagem é falsa
Como identificar se uma mensagem é falsa
É #FAKE teor de advertências de ex-executivo da Pfizer expostas em vídeo
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Circula pelas redes sociais um vídeo com a legenda: “Ex-presidente da Pfizer adverte contra a vacinação em massa.” No vídeo, um homem lê em português um texto a respeito das teorias de Michael Yeadon, ex-vice-presidente da Pfizer da área de pesquisa em alergia e respiração. Entre elas, está a de que a pandemia acabou no Reino Unido e que, como “os vírus não ocorrem em ondas, a política do governo de usar lockdowns para combater a crise não se justifica mais. É #FAKE.
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Procurada, a Pfizer declarou que não faz comentários. “Encorajamos o público a buscar informações sobre a pandemia COVID-19 junto a órgãos de saúde pública de confiança e / ou seus provedores de saúde individuais.”
Yeadon deu declarações controversas em um artigo no site lockdownsceptics.org, ao programa de rádio de James Delingpole, e em carta aberta no Twitter ao secretário de Saúde britânico Matt Hancock. As alegações que ele fez foram checados e refutadas por jornais e agências de checagem.
Especialistas ouvidos pelo Fato ou Fake também contestaram as afirmações de Yeadon. “Muito bizarro. A afirmação que a epidemia já acabou no Reino Unido já desmoraliza todo o resto”, diz o infectologista Renato Grinbaum. De fato, o Reino Unido teve recorde de mortes diárias por Covid e os hospitais de Londres estão no limite.
O texto expõe a ideia de que a população suscetível no Reino Unido é pequena e que a população imune é grande o suficiente para que não haja o mais surtos grandes da doença em nível nacional, o que é contestado com fatos pelo virologista Rômulo Neris, doutorando da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Importante considerar que ele diz que a população alcançou um nível de imunidade para que não haja mais surto a nível nacional no Reino Unido, mas exatamente nos últimos dois meses o Reino Unido passou por um aumento de casos abrupto principalmente associado à inserção de uma nova variante, mas mesmo antes dessa variante eles já mostravam reversão de tendência, pelo menos desde o início de setembro, com aumento no número de casos.”
O texto diz ainda que “os vírus não ocorrem em ondas” e que a política do governo de usar lockdowns para combater a crise não se justifica mais. Neris deixa claro que essa informação é falsa.
“É interessante considerar que epidemias acontecem com uma distribuição de casos seguindo um modelo de onda”, diz Neris. “Quando você distribui os casos diagnosticados ao longo do tempo, você vai ver que a distribuição na maioria das vezes é muito parecida com um perfil de onda mesmo.”
O texto diz que há “muitas pessoas com imunidade pré-existente” diante dos resultados dos estudos com células T de memória que puderam detectar o COVID-19 em pessoas que nunca tiveram a doença.
Neris diz que ainda não há resposta definitiva para a tese de que pessoas que são imunes ao novo coronavírus por terem sido infectadas por outros coronavírus, como os que causam resfriado, ao longo da vida.
“A gente ainda não tem uma resposta definitiva para isso. Isso ainda é uma área cinza que a gente está tentando entender melhor. Primeiro, porque em teoria uma infecção prévia por um outro coronavírus poderia sim, conferir algum grau de proteção. Entretanto, os coronavírus que causam resfriado têm diferenças grandes o suficiente para que resposta contra o Sars-Cov2 não seja tão robusta. Além disso, a imunidade contra coronavírus que causam resfriado é temporária, é de curta duração, exatamente porque esses vírus causam uma infecção muito branda e muito limitada. Então, mesmo indivíduos que tiveram resfriado, se tivessem imunizados, estariam em princípio só por uma janela de tempo bem pequena.”
O texto cita ainda a tese de Yeadon de que a vacina só trará um benefício reconhecível em pessoas mais velhas e pessoas com mais de 80 anos de idade devem usar a preparação para lhes dar “alguns meses extras” de vida”
O infectologista Leonardo Weissmann, consultor da da Sociedade Brasileira de Infectologia, rebate essa e as demais alegações.
“As informações são totalmente falsas. As vacinas são importantíssimas na proteção contra doenças infecciosas em todas as idades. A pandemia não acabou. Muito pelo contrário, o número de casos e de óbitos não para de crescer. Não é possível afirmar qualquer coisa sobre os estudos com célula T de memória, pois os estudos ainda são muito recentes. A doenças virais podem ocorrer em ondas, como já observamos na gripe, por exemplo”, diz.
“A pandemia está fora de controle no Reino Unido. O lockdown é uma estratégia eficaz para auxiliar na redução de velocidade de propagação do vírus”, arremata.
Vídeo: Veja como identificar se uma mensagem é falsa
Como identificar se uma mensagem é falsa
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Publicação usa imagem de 2019 em que senador petista fala após uma reunião com a montadora, anterior à recente decisão da Ford de fechar fábricas. Boato também diz que ministro da Economia conseguiu reverter a decisão, o que não é verdade.